domingo, 15 de maio de 2011

Do Iluminismo Pombalista à Regeneração Fontista

Tendo em conta as características da corrente ''Iluminismo'', nomeadamente a crítica à autoridade política e religiosa, pela afirmação da liberdade e pela confiança na Razão e no progresso da Ciência, o século XVIII esteve repleto de guerras entre absolutistas que defendiam o poder absoluto e as sociedades de ordens, e liberalistas, que defendiam as elimação do absolutismo, a instauração da livre iniciativa em matéria económica, a consagração dos direitos naturais do Homem, da soberania popular e da divisão dos poderes, e ainda, a libertação do jugo colonial e estrangeiro.


É neste conjunto de guerras que Portugal se inclui, uma vez que é desejada a implantação do liberalismo, aquando da guerra de 1820, em que se dá um golpe militar por parte, dirigido pelo brigadeiro António da Silveira, dos coronéis Cabreira e Sepúlveda e dos burgueses Manuel Fernande Tomás, José Ferreira Borges e José da Siva Carvalho, no qual se implanta o Vintismo - tendência do liberalismo português, caracterizado pelo radicalismo das suas posições ao instituir o dogma de soberania popular, ao limitar as prerrogativas reais e ao não reconhecer qualquer situação de privilégio à nobreza e ao clero.
Foram visíveis algumas contestações contra a implantação deste tipo de regime, nomeadamente a ''Vilafrancada'' (1823), a Abrilada (1824), e a mais marcante, a revolução civil (1832-1834), na qual saem triunfantes o rei D. Pedro, dirigente da revolução, e o liberalismo.

Após a implantação do vintismo fracassado, surgiram outros projectos políticos do liberalismo moderado, tais como:

- o Cartismo (1834-1836/1842-1851);
- o Setembrismo (1836-1842);
- o Cabralismo (1842-1846/1847-1851).

Em 1849, Costa Cabral, governante do período de vigência do liberalismo português, Cabralismo, regressou à gerência política e, apesar de este seu governo se revestir de um cariz mais moderado, não logrou conciliar as forças políticas em digladiação constante, nem estabilizar a vida nacional. Tal foi apenas conseguido na década de 1850, sob o signo da Regeneração.
É em 1851 que se implanta um novo projecto político, a Regeneração, que teve como objectivo o establecimento da concórdia social e política, bem como o desenvolvimento económico do país, tendo durado entre 1851 e 1868.

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